
Gostaria de falar de amor...
Não do amor à humanidade ou ao que fazemos por opção.
Não do amor solidário, que presta serviços, une os amigos, constrói pontes, rompe fronteiras, dá as mãos...
Não do amor onipotente que forma correntes, amor servil, varonil, fraterno, materno,paterno.
Esse eu sinto na pele e no coração.
Não há como falar, é partir para a ação...
Mas do amor-desejo entre dois seres distintos em que cada um é metade e juntas formam um...
Feitos um para o outro, complementos inseparáveis, compatíveis nos detalhes,
corpo e alma em união...
Queria expressar em versos o romantismo que gera esse amor, o lirismo das carícias espontâneas a fluir dessa relação...
Poetizar revelações sensuais puras, maliciosas, atrevidas, irracionais, quando o amor se veste de paixão...
Mas não consigo...
Tal poesia me trairia pela falta de autenticidade, incompatível com a verdade por esse amor já não sentir...
Perdeu-se no ontem, ficou esquecido.
Já adormecido.
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