
Desce a noite serena e quente e estende-se o mar ao longe referindo a nossa lua tão minha, tão tua.
Fecho os olhos e te vejo, ainda sinto o teu beijo como se nunca tivesses partido, sou apenas a tua forma de amar um pedaço dos teus sonhos dos tempos risonhos, tempos idos, tempos nossos.
Tempo de doces ilusões, construidas em nossos corações, almas moldadas na saudade das vontades que nos negamos dos sonhos dos quais acordamos por medo de viver.
As vezes ouço tua voz a dizer-me desta ausencia minha enquanto choro pela ausencia tua a procurar nas ruas pelo teu olhar.
E as minhas mãos tão frias, tão nuas estendem-se no vazio sempre a te buscar.
E assim seguimos nesta irrealidade, ausentes, distantes num tempo que é infinito pra nós tão perto e tão longe, estamos sós como dois amores errantes de nós resta apenas uma saudade.
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