quinta-feira, 24 de junho de 2010

NOITE DE AMOR




Passava a lua pelo azul do espaço, de teu regaço.

A namorar o alvor!

Como era tema no seu brando sua luz.

Tive ciúme, de ver tanto amor.

Como de um cisne alvinitentes plumas, iam as brumas.

A vagar nos céus, gemia a brisa perfumando a rosa terna, queixosa nos cabelos teus.

Que noite santa!

Sempre o lábio mudo.

A dizer tudo, a suspirar paixão, de espaço a espaço, um fervoroso beijo.

E após o beijo, e tu dizias

"Não!"

Eu fui a brisa, tu me foste a rosa, fui mariposa e tu me foste a luz!

Brisa, beijei-te, mariposa ardi-me.

E hoje me oprime, do martírio a cruz.

E agora quando na montanha o vento geme lamento.

De infinito amor, buscando debalde te escutar as juras, não mais venturas.

Só me resta a dor, seria um sonho aquela noite errante?

Diz, minha amante!

Foi real, bem sei.

Ai!

Não me negues.

Diz-me a lua, o vento.

Diz-me o tormento.

Que por ti penei!

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