
Passava a lua pelo azul do espaço, de teu regaço.
A namorar o alvor!
Como era tema no seu brando sua luz.
Tive ciúme, de ver tanto amor.
Como de um cisne alvinitentes plumas, iam as brumas.
A vagar nos céus, gemia a brisa perfumando a rosa terna, queixosa nos cabelos teus.
Que noite santa!
Sempre o lábio mudo.
A dizer tudo, a suspirar paixão, de espaço a espaço, um fervoroso beijo.
E após o beijo, e tu dizias
"Não!"
Eu fui a brisa, tu me foste a rosa, fui mariposa e tu me foste a luz!
Brisa, beijei-te, mariposa ardi-me.
E hoje me oprime, do martírio a cruz.
E agora quando na montanha o vento geme lamento.
De infinito amor, buscando debalde te escutar as juras, não mais venturas.
Só me resta a dor, seria um sonho aquela noite errante?
Diz, minha amante!
Foi real, bem sei.
Ai!
Não me negues.
Diz-me a lua, o vento.
Diz-me o tormento.
Que por ti penei!
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