
Em mil delírios roucos te abraço sentindo o tremor do teu corpo, ás vezes me entristeço nos compassos, sentindo o amargo gosto do adeus.
Sem flecha, sem arco, sou seu índio das terras onde a guerra se findou, sem medo, nem temor, sou seu gemido no espaço em que teu braço me cercou.
Não quero mais saber da boemia se em casa tenho o gosto de viver e junto ao gozo, toda a alegria de ser amado e de te pertencer.
Fingindo ser criança sou teu homem e nos teus seios perco a minha idade, deitando em nossa cama sou selvagem, menino delirando de saudade.
E de manhã acordo em tua nudez querendo novamente anoitecer, para afogar de vez estes desejos que me pintam para a guerra do prazer.
Nas ruas, de você não me despeço, para sentir que estou sempre junto a ti, a noite vem chegando pouco a pouco e sem perceber eu já fugi, fugi da vida para os teus braços, que ardentes me afagam sem cessar, e no amor, as luzes adormecem, criança sou de novo a delirar.
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